20.ª Jornada: Várzea – Escola FC

varzea_escola

Nem parecia este ser um dos jogos mais importantes da época para o EFC, tamanha foi a vontade e à-vontade demonstradas pelas meninas do Escola. Mas de facto era um jogo importantíssimo, e para o comprovar bastava olhar para as “bancadas” para se ver a grande claque que acompanhou e deu força à equipa.

O Escola entrou a todo o gás, querendo resolver logo o desafio para não dar qualquer esperança ao adversário. Foi então com naturalidade que as situações de golo foram surgindo junto da baliza da guarda redes do Várzea. A equipa da casa pouco ou nenhum perigo causou na primeira parte, limitando-se a defender e a tentar sair em contra-ataque. Mas, as meninas do Escola pecavam lá na frente por demorarem muito tempo a rematar, desperdiçando-se situações que poderiam ter causado grandes calafrios para a equipa da casa. Lembro-me assim de repente de três boas ocasiões para golo, cada uma protagonizada por uma das avançadas da equipa. Todas elas semelhantes entre si, em que o Escola aproveitava muito bem a menor velocidade das defesas adversárias para colocar as bolas nas costas para a velocidade de Catarina Almeida, Elsa, e Micaela. Além dessas três investidas mais perigosas, houve ainda um cabeceamento de Catarina Almeida ao qual se opôs com uma boa defesa a guarda-redes adversária. O 0-0 era algo injusto no final da primeira parte.

Dando sinais de que não estava satisfeito com o empate (apesar de ser suficiente), Luis Carlos lançou ao intervalo Ana Figueiredo para o lugar de Marta Lourenço. Fez recuar então Catarina Bernardes para o centro da defesa. E ainda se estava a defesa a recompor quando o Várzea, no primeiro remate digno desse nome, inaugura o marcador. As coisas podiam ter ficado “feias” para o lado do Escola não fosse o enorme “pulmão” de Catarina Almeida, que no minuto seguinte, rouba uma bola a uma adversária e remata já dentro da grande área para o golo do empate. O Escola voltava a renascer. Tornou a fazer pressão no último reduto da equipa do Várzea e dispõs de alguns remates (quase todos de fora da área) perigosos. No entanto, de contra-ataque, o Várzea conseguia causar agora mais perigo do que na primeira parte. E numa dessas investidas, há um remate colocadissimo ao poste esquerdo ao qual Neide se opõem com grande classe. O Escola dispõe então de alguns cantos quase seguidos conseguindo manter a pressão alta sobre o Várzea. E, por volta dos 60, 65 minutos Tânia consegue furar pelo lado esquerdo e centra a bola. Esta é já perto da pequena área, desviada por Teresa que trai assim a sua guarda-redes, pondo o Escola na frente do marcador. Estava o caminho aberto para a manutenção. Mas não foi sem sofrimento…

Por volta dos 70 minutos, Andreia é chamada para substituir Micaela, que devido à sua inexperiência e idade acusou um pouco a pressão do jogo e fez uma exibição uns furinhos abaixo do que esta talentosa menina é capaz. Pouco depois dos 80 minutos e na conversão de um livre, o Várzea consegue mandar uma bola para a área e uma jogadora da equipa da casa de cabeça consegue bater Neide pela segunda vez. Os corações começaram então a bater mais forte, pois estava tudo em aberto… O Escola conseguiu no entanto aguentar bem pressão, apesar de alguns breves periodos de desnorte que não causaram grande dano. Com a excepção de um livre já ao minuto 92, à entrada da área. Desse livre resulta um remate muito perigoso que passa a centimetros da barra. Podiam finalmente respirar de alivio as jogadoras, equipa tecnica, direcção e as dezenas de adeptos que viajaram desde Molelos para acompanhar a equipa.

Um empate com sabor a vitória que mantêm o já histórico EFC na primeira divisão do campeonato nacional de futebol feminino… Mas para a próxima, não nos façam sofrer tanto e resolvam por favor as coisas mais cedo! 😀

Um objectivo foi hoje alcançado, que era a manutenção. No próximo sábado as meninas do Escola vão lutar pelo outro objectivo, que é a Taça de Portugal, disputada em Cucujães contra o Boavista.

In http://www.escolafc.com/

Deixe um comentário